EUA: etanol encarece com logística prejudicada e estoques apertados
Nova York,
17 - Os preços do etanol estão em alta nos Estados Unidos em meio aos estoques
apertados e às dificuldades de transporte. Na última semana, o contrato com
vencimento em abril do biocombustível, que por lá é feito a partir de milho,
avançou 6,9% na Bolsa de Chicago (CBOT), para US$ 2,467 o galão (1 galão = 3,78
litros), maior patamar desde 4 de dezembro. As apostas são de que as cotações
ultrapassarão a marca de US$ 3 o galão em breve.
Produtores
do Meio-Oeste têm enfrentado dificuldades para levar o etanol até a costa, onde
refinarias o misturam à gasolina ou o exportam. Principal região
norte-americana produtora de milho, o Meio-Oeste foi castigado pelo inverno
rigoroso deste ano. Muitas estradas, por exemplo, estão esburacadas em razão da
neve que caiu nas últimas semanas.
No porto
de Nova York, o galão tem sido embarcado com um preço US$ 1 mais alto frente o
da CBOT, bem acima da diferença usual de apenas 10 centavos de dólar, conforme
a empresa de informações de mercado Platts. Analistas dizem que esse spread
está alto em virtude da falta de produto.
Além da
logística interna prejudicada, os EUA também estão lidando com uma demanda
internacional mais forte, já que o Brasil tem destinado maior parcela do
biocombustível para consumo doméstico. Em novembro, os EUA exportaram 2 milhões
de barris de etanol, maior volume desde março de 2012, de acordo com o último
levantamento da Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em
inglês).
Em razão
desses fatores, os estoques do país caíram para apenas 15,9 milhões de barris
na semana terminada em 7 de março, o menor volume para uma semana de março,
disse a EIA.
Para
compensar, algumas empresas já planejam aumentar a produção de etanol. É o caso
da Pacific Ethanol. Em fevereiro, o presidente e executivo-chefe da companhia,
Neil Koehler, anunciou que uma de suas unidades voltará a operar na Califórnia.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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